O presidente americano Donald Trump confirmou em 2 de abril que aplicaria tarifas recíprocas sobre produtos de diversos países.
Em meio à incerteza, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou na época um relatório com estimativas para desaceleração do crescimento global, projetando como seria um impacto mais modesto e outro mais significativo.
Desde então, os EUA negociaram acordos comerciais com uma série de países e concederam exceções. Como resultado, o aumento das tarifas e o efeito disso tem sido menor que o esperado.
O FMI projeta agora crescimento de 3,2% da economia global este ano e de 3,1% em 2026, uma queda de 0,2 pp em relação à projeção do começo do ano.
"A experiência passada sugere que pode levar muito tempo até que o quadro completo apareça. Até agora, a incidência das tarifas parece recair diretamente sobre os importadores dos EUA, com os preços de importação (excluindo tarifas) praticamente inalterados e aumentos limitados nos preços ao varejo", destaca o FMI em seu relatório World Economic Outlook (WEO) de outubro.
Segundo o FMI, os EUA ainda podem, contudo, repassar esses custos aos consumidores americanos — como alguns já começaram a fazer — e o comércio pode se redirecionar de forma permanente, resultando em "perdas de eficiência global".
